O grande desafio do varejo é disponibilizar para o consumidor o que ele realmente quer. Se por um lado as novas tecnologias nos permitem uma customização mais sofisticada, que atende as personalidades e preferências de cada consumidor, por outro lado, os varejistas buscam proporcionar uma experiência que cria um produto inimitável baseado nas características e desejos daquele consumidor.
A customização em si não é novidade. De regra, passou a ser luxo, voltou a ser objeto de desejo, e agora todos buscam que volte a ser a regra, fechando o ciclo. A questão relevante é como promover customização com ganhos de escala, com os benefícios de uma linha de produção verticalizada, mantendo padrão de qualidade e eficiência. Enfim, como teremos o nirvana: customização com os benefícios da produção em massa.
A solução envolve criatividade e tecnologia. Certamente veremos mais um horizonte muito fértil para aplicação de impressoras 3D, cada dia mais acessíveis e viáveis. Eu costumava dizer que impressoras 3D seriam realidade quando estivessem disponíveis para se comprar na Amazon.com por menos de $500 – estaríamos na modernidade. Sejam bem-vindos à modernidade!! Já podemos comprá-las na Amazon.com.
A Shoes of Prey estará representada por sua CEO, australiana. A fábrica, na China, produz o sapato que o cliente desenhar a partir de um modelo padrão e 7 itens de customização. Embora as partes estão em uma linha de produção, o processo ainda é bastante manual, como se pode ver no vídeo disponibilizado no YouTube (link abaixo). O produto final é incrível, e se nota a atenção aos detalhes que um sapato feito exclusivamente para você merece, desde a manufatura à entrega e sua embalagem. Um sapato feminino para trabalhar (pretinho básico) custa a partir de US$200.
A Indochino também estará representada pelo seu CEO, que balanceia a discussão com um direcionamento para o público masculino, que também quer produtos exclusivos e demanda um atendimento diferenciado. Mr. Green exalta que os consumidores têm perfil diferentes, alguns preferem um atendimento personalizado em loja e a possibilidade de tocar e sentir os produtos. Outros preferem o atendimento remoto e a comodidade do serviço on-line. Não tão evidente é como as duas vertentes andam juntas: “nossas vendas on-line cresceram 30% nos mercados onde abrimos showroom”, testemunha Green em uma entrevista.
Customização e personalização voltam a ser temas importantes na NRF em 2017, e voltam com casos aplicados. É verdade que são temas recorrentes há mais de 7 anos, mas a sofisticação é maior a cada ano.
José Roberto Securato Junior
Vice-Presidente do IBEVAR
Notas:
Este artigo foi preparado pelo IBEVAR, Instituto Brasileiro de Executivo de Varejo & Mercado de Consumo em preparação para a Retail Big Show 2017 organizado pela NRF.
http://www.ibevar.org.br/pre-nrf
Fontes:
https://www.youtube.com/watch?v=uM3uXDFY31E
Alem de conhecer mais sobre as empresas mencionadas acima conheça também os principais casos apresentados na NRF 2017.
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