À frente da seleção brasileira há pouco menos de um ano, Tite tem 100% de aproveitamento, somando oito vitórias em oito partidas. Se tornou o técnico com maior sequência invicta em jogos eliminatórios, além de levar o time à vencer quatro jogos fora de casa, fato nunca antes realizado na história da seleção brasileira.
Qualquer um que entenda um pouco sobre futebol sabe a importância do técnico para um bom resultado no jogo. O técnico é o líder do grupo, o professor, o coach, muitas vezes o amigo ou pai, alguém em quem seus liderados podem confiar e seguir suas instruções. Assim também é na empresa onde você trabalha.
O líder é responsável pelo sucesso ou pelo fracasso de seus liderados. Quando um líder não é bem quisto pela sua equipe o trabalho não rende. No futebol é comum o uso da expressão “corpo mole”. O jogador não se empenha por um líder por quem ele não tem empatia, o mesmo acontece nas corporações e o nome técnico que damos a isso é improdutividade e é nesse contexto que analisaremos o desempenho dos dois técnicos e a gestão de pessoas.
Acredito que o principal ponto a ser levantado nessa relação é a empatia.
A seleção brasileira comandada por Tite e a seleção brasileira comandada por Dunga esboçam o hiato que há entre uma boa liderança e uma liderança não tão boa, entre um líder empático e um líder não tão empático.
A segunda passagem de Dunga no comando da seleção durou dois anos. Neste período, a seleção foi eliminada da Copa América de 2015 nas quartas de final e estava apenas em sexto lugar nas eliminatórias sul-americanas para a copa da Rússia de 2018 quando Dunga foi demitido.
Neymar, um dos principais jogadores da seleção, tem um rendimento muito acima sendo treinado por Tite, com dez jogos a menos, do que com Dunga em dois anos.
Neymar duplica os números sob o comando de Tite |
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Com Dunga |
Com Tite | |
16 |
Jogos |
6 |
11 |
Gols |
5 |
4 |
Assistências |
6 |
15 |
Participação em gols |
11 |
0,94 | Participação em gols/jogos |
1,83 |
Fonte: Fox Sports
O que faz com que o rendimento do mesmo time, com apenas algumas alterações de jogadores, seja tão diferente de um ano para o outro?
Me atrevo a dizer que é o seu líder. O tom com que o líder toca sua operação e comanda seus liderados faz com que o trabalho renda e seja produtivo.
Liderança e motivação são a combinação perfeita para qualquer gestor que queira extrair de sua equipe resultados cada vez melhores. O bom líder zela pela qualidade de vida de seus liderados, não se exalta com facilidade, compreende as deficiências de cada pessoa individualmente, não uniformiza o relacionamento com seus colaboradores, trata cada pessoa como o indivíduo único que ela é, ressalta seus pontos fortes e ajuda-o a fortalecer seus pontos fracos.
Gerir pessoas é muito mais do que apenas cobrar resultados e conferir folha de ponto. Está na maneira como os líderes atingem seus liderados, criando uma relação de respeito e confiança, apoio mútuo e parceria.
No caso de Tite, jogadores que foram cortados pelo ex-técnico Dunga tiveram uma nova oportunidade e estão dando bons resultados. Isso nos mostra que a improdutividade nem sempre está relacionada a falhas dos liderados, mas na gestão de seus líderes.
No artigo de hoje buscamos mostrar a importância de estar alinhado as práticas de liderança, motivação e gestão estratégica de equipe, que são os principais pilares da gestão de pessoas.
O maior ativo de uma empresa são as pessoas que trabalham nela, que levantam todos os dias para trabalhar/treinar e fazem com que a empresa/time seja vencedor (a).
A Academia de Varejo auxilia na formação de novos líderes e tem todos os recursos para te tornar um líder de sucesso.
Texto por: Patricia Martins
Imagem por: Pedro Martins, extraída de Folha de São Paulo